ODE
PARA DRA. CLEUSA
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(Que
tem as cores de todos os corais)
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Luiz
Henrique da Silveira
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I
Há
muito, está instalado
Um sisma no sul do Estado;
Uma briga de verdade
Reclama naturalidade
da grande profissional,
de nome Cleusa Coral.
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II
Lá
perto, nasceu Dom Gregório
E o povo, peremptório,
Não quer mesmo discussão:
- Essa mulher de visão
(Afirmam, com gesto forte):
Ela é de Braço do Norte!
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III
-
Não senhor, não é verdade!
Ela tem naturalidade
Num lugar especial:
Não foi em Londres, nem Natal,
Paris ou Indianópolis.
Foi, aqui, em Siderópolis!
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IV
-
Não é verdade, não!
(Intervém na discussão
Um outro sulista, irado).
- Está tudo registrado:
Toda a sua educação
Foi aqui em Tubarão!
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V
No
meio dos pacientes,
Que, aos milhares, vem aqui,
A discussão come solta:
- Eu não vou ficar na moita;
Vou pôr as contas na mesa:
Ela nasceu em Nova Veneza!
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VI
A
capital diz: - é minha
Essa ilustre manezinha!
Foi no Bairro da Trindade
Que fez a universidade!
E pra não perder o Emir de vista,
Tornou-se oftalmologista...
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VII
Quem,
por acaso, não quer
Dizer que é sua conterrânea!?
Ela é do tipo que vence,
Tem a alma joinvillense:
Valente, determinada,
Solidária e dedicada.
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VIII
Se
a discussão continuar,
Irá da manhã ao luar.
De repente, terá nascido
Em algum Estado Unido,
Num bucólico Principado,
Ou num rico Emirado.
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IX
E
mensagem virtual
Dirá que ela é natural
De todos os continentes;
Pertence a todas as gentes
Personalidade que imanta
E a todo mundo encanta!
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Joinville, Sessão da Câmara de Vereadores,
Teatro Juarez Machado, 19 de Novembro de 2004.
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